Pela primeira vez desde 2004, a Embraer atingiu sua meta de entregas de aeronaves em 2007. A empresa alcançou assim o objetivo traçado em abril pelo presidente, Frederico Fleury Curado, quando assumiu o cargo. "O desafio hoje é entregar o que estamos vendendo", disse o executivo na ocasião.Com 61 jatos enviados a clientes no quarto trimestre, a empresa fechou o ano passado com um total de 169 entregas, dentro das 165 a 170 que pretendia para o período. Em conseqüência, a carteira de pedidos firmes chegou a US$ 18,8 bilhões, recorde histórico para a Embraer.De acordo com a companhia, foram entregues 45 aviões comerciais, 14 jatos executivos Legacy 600 e dois jatos para transporte de autoridades no quarto trimestre. Nesse intervalo, a Embraer recebeu 39 novos pedidos, sendo 9 unidades do modelo EMB 170, 11 do EMB 175 e 19 do EMB 190, o maior e mais caro jato produzido pela companhia.Na divisão de aviação executiva, a empresa não divulga os números exatos de pedidos. Apenas informa que as vendas de modelos da nova família Phenom (com os modelos 100 e 300) ultrapassaram as 700 unidades.Apesar do resultado positivo, o ano de 2007 não começou bem para a Embraer. Há um ano, a empresa ainda tentava retomar seu ritmo de produção, afetado por problemas com um dos fornecedores. Atrasos sucessivos nas entregas de asas para os modelos EMB 170 e EMB 175 levaram a Embraer a tomar o controle da fábrica operada pela japonesa Kawasaki Aeronáutica do Brasil no final de 2006. A situação na fábrica, porém, era pior que o esperado e a solução dos problemas, que a Embraer imaginou que poderia ocorrer rapidamente, demorou mais do que o planejado. Embora no fim de 2006 esperasse uma normalização no ritmo de produção para começo do ano seguinte, já em março o então presidente, Maurício Botelho, admitia que isso só deveria ocorrer no segundo trimestre. "É preciso modificar a força de trabalho, a gerência, os processos, os sistemas e o ferramental. É um processo duro, e que tem que ser conduzido com o carro correndo, produzindo no modelo antigo enquanto o novo não fica pronto", disse na ocasião.As dificuldades só foram superadas com a construção de um perfil para produção de asas novo e a recuperação dos dois já existentes na fábrica da Kawasaki pela Embraer. Apenas a partir disso, no segundo trimestre, é que a empresa pôde retomar a produção em ritmo normal e cumprir sua meta para o ano.
Do uol.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário