Nos últimos 10 anos, algumas linhas aéreas começaram a eliminar a seção de primeira classe, mas sem acabar com alguns dos confortos que fazem com que os passageiros que pagam mais se sintam como as pessoas mais importantes do avião. Elas o fazem adotando nomes diferenciados. Na Delta Air Lines, por exemplo, os melhores assentos levam o nome BusinessElite, em vôos internacionais. A Continental Airlines usa o nome BusinessFirst. Contudo, há empresas que resolveram investir na 1ª classe com a premissa de que o luxo deve ser ilimitado.
Poucas linhas aéreas, como Emirates, Singapore, Virgin Atlantic e Cathay Pacific, entre outras, operam sob a orientação de que os mimos devem ser ilimitados, para as classes prestigiosas. A Singapore Airlines criou a primeira seção de super primeira classe, com compartimentos reservados, e a designa como "a classe além da primeira". Um passageiro que compre passagem dessa classe na verdade recebe uma cabine dentro da cabine, com portas de correr que o separam do restante do avião.
Nas linhas aéreas que oferecem esse serviço, os passageiros encontram assentos de couro com sistemas de massagem, camas de tamanho integral (algumas das quais conversíveis em camas de casal) recobertas por lençóis e almofadas Givenchy, televisores de plasma com telas de 23 polegadas e jantar à la carte.
As suítes da Singapore estão disponíveis em seus vôos no Airbus A380 de Cingapura a Sydney. Em 18 de março, elas passarão a ser utilizadas na rota Cingapura-Londres. O preço será de US$ 14.179 (cerca de R$ 24 mil) para as suítes de primeira classe, US$ 6.354 (R$ 10,7 mil) para a classe executiva e US$ 1.482 (R$ 2,4 mil) para a classe econômica.
"Em alguns círculos, viajar de primeira classe continua a ser um símbolo de status e de sucesso nos negócios", disse Peter Belobaba, gerente do Programa Geral de Transporte Aéreo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Edward Sims, gerente da Air New Zealand, diz que a primeira classe é "mais uma plataforma de marketing que as linhas aéreas empregam para promover seu elitismo". Algumas empresas, diz ele, "aceitam uma primeira classe com muitos assentos desocupados, porque desejam exibir imagens de luxo em sua publicidade".
A Air New Zealand optou por combinar primeira classe e classe executiva na Business Premier; seus vôos oferecem também as classes Pacific Premium Economy e Pacific Economy -o que representa uma retomada, com nomes novos, da divisão em três classes que propeliu o crescimento do setor no boom pós-Segunda Guerra Mundial.
Nos dias iniciais da aviação comercial, cerca de 60 anos atrás, um presidente, um diretor e um gerente de empresa viajariam na mesma classe. Não tinham escolha: os aviões tinham cabine única, classe única. Depois, surgiu a divisão entre a primeira classe, a classe executiva e a classe turística, também conhecida como econômica.
Agora, a necessidade de manter a competitividade e a lucratividade resultou em uma reformulação das acomodações do setor. A depender da linha aérea, rota e aparelho, os viajantes podem optar por até seis classes. Além das três classes tradicionais e da executiva premium, existe também uma classe entre a econômica e a executiva. A British Airways a denomina World Traveler Plus, a Virgin Atlantic a chama de Premium Economy.
Menos assentos na 1ª classe As empresas mesmas são parcialmente responsáveis pela queda no número de assentos de primeira classe. Quando começaram a melhorar a classe executiva, com assentos maiores que se transformam em camas, cardápios criados por chefs famosos, sistemas individuais de entretenimento e saguões onde passageiros da classe executiva e da primeira classe conviviam nos aeroportos, "se tornou mais difícil para os viajantes justificar o preço adicional absurdo de uma viagem em primeira classe", disse Peter Belobaba, gerente do Programa Geral de Transporte Aéreo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). E a recente ascensão das linhas aéreas que oferecem serviço em classe executiva única reforçou a pressão sobre a primeira classe.
Em um vôo transatlântico de Nova York a Londres ou Frankfurt, a passagem de classe executiva custaria cerca de US$ 5,5 mil (R$ 9,3 mil), enquanto a primeira classe teria tarifa de US$ 8,5 mil (R$ 14,5 mil) ou mais.
"Porque os viajantes de negócios querem as viagens mais confortáveis, mas não desejam pagar o preço mais alto, a demanda pela primeira classe despencou", disse Joanne Smith, vice-presidente sênior da Delta. "Por isso, não fazia sentido financeiro mantê-la".
Ao trocar a primeira classe pela classe executiva, os viajantes perdem o espaço adicional entre assentos, a maior proporção de comissários de bordo por passageiro e aquele conforto intangível, o prestígio.
A força da classe executiva pode ser constatada pelo fato de que, em determinadas rotas, a Singapore decidiu realizar vôos de classe executiva única.
Andrew Sacks, da AgencySacks, uma agência de publicidade de Manhattan, diz que conforto, tempo e dinheiro justificam os preços. "Se tenho espaço, consigo tocar uma semana de trabalho em um vôo de oito horas".
Mas ainda assim ele não quis pagar US$ 13 mil (R$ 22 mil) por assentos na classe BusinessFirst da Continental quando ele e Julie Fisher, vice-presidente de sua empresa, viajaram a Barcelona para uma convenção de hotelaria, em novembro de 2006.
Em lugar disso, eles compraram três assentos na classe econômica por US$ 500 (R$ 850) cada, deixaram o do meio vago e comeram um excelente almoço comprado no Balducci's", diz Sacks, "tão bom quanto o que quer que eles estivessem servindo lá na frente".
Poucas linhas aéreas, como Emirates, Singapore, Virgin Atlantic e Cathay Pacific, entre outras, operam sob a orientação de que os mimos devem ser ilimitados, para as classes prestigiosas. A Singapore Airlines criou a primeira seção de super primeira classe, com compartimentos reservados, e a designa como "a classe além da primeira". Um passageiro que compre passagem dessa classe na verdade recebe uma cabine dentro da cabine, com portas de correr que o separam do restante do avião.
Nas linhas aéreas que oferecem esse serviço, os passageiros encontram assentos de couro com sistemas de massagem, camas de tamanho integral (algumas das quais conversíveis em camas de casal) recobertas por lençóis e almofadas Givenchy, televisores de plasma com telas de 23 polegadas e jantar à la carte.
As suítes da Singapore estão disponíveis em seus vôos no Airbus A380 de Cingapura a Sydney. Em 18 de março, elas passarão a ser utilizadas na rota Cingapura-Londres. O preço será de US$ 14.179 (cerca de R$ 24 mil) para as suítes de primeira classe, US$ 6.354 (R$ 10,7 mil) para a classe executiva e US$ 1.482 (R$ 2,4 mil) para a classe econômica.
"Em alguns círculos, viajar de primeira classe continua a ser um símbolo de status e de sucesso nos negócios", disse Peter Belobaba, gerente do Programa Geral de Transporte Aéreo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).
Edward Sims, gerente da Air New Zealand, diz que a primeira classe é "mais uma plataforma de marketing que as linhas aéreas empregam para promover seu elitismo". Algumas empresas, diz ele, "aceitam uma primeira classe com muitos assentos desocupados, porque desejam exibir imagens de luxo em sua publicidade".
A Air New Zealand optou por combinar primeira classe e classe executiva na Business Premier; seus vôos oferecem também as classes Pacific Premium Economy e Pacific Economy -o que representa uma retomada, com nomes novos, da divisão em três classes que propeliu o crescimento do setor no boom pós-Segunda Guerra Mundial.
Nos dias iniciais da aviação comercial, cerca de 60 anos atrás, um presidente, um diretor e um gerente de empresa viajariam na mesma classe. Não tinham escolha: os aviões tinham cabine única, classe única. Depois, surgiu a divisão entre a primeira classe, a classe executiva e a classe turística, também conhecida como econômica.
Agora, a necessidade de manter a competitividade e a lucratividade resultou em uma reformulação das acomodações do setor. A depender da linha aérea, rota e aparelho, os viajantes podem optar por até seis classes. Além das três classes tradicionais e da executiva premium, existe também uma classe entre a econômica e a executiva. A British Airways a denomina World Traveler Plus, a Virgin Atlantic a chama de Premium Economy.
Menos assentos na 1ª classe As empresas mesmas são parcialmente responsáveis pela queda no número de assentos de primeira classe. Quando começaram a melhorar a classe executiva, com assentos maiores que se transformam em camas, cardápios criados por chefs famosos, sistemas individuais de entretenimento e saguões onde passageiros da classe executiva e da primeira classe conviviam nos aeroportos, "se tornou mais difícil para os viajantes justificar o preço adicional absurdo de uma viagem em primeira classe", disse Peter Belobaba, gerente do Programa Geral de Transporte Aéreo do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT). E a recente ascensão das linhas aéreas que oferecem serviço em classe executiva única reforçou a pressão sobre a primeira classe.
Em um vôo transatlântico de Nova York a Londres ou Frankfurt, a passagem de classe executiva custaria cerca de US$ 5,5 mil (R$ 9,3 mil), enquanto a primeira classe teria tarifa de US$ 8,5 mil (R$ 14,5 mil) ou mais.
"Porque os viajantes de negócios querem as viagens mais confortáveis, mas não desejam pagar o preço mais alto, a demanda pela primeira classe despencou", disse Joanne Smith, vice-presidente sênior da Delta. "Por isso, não fazia sentido financeiro mantê-la".
Ao trocar a primeira classe pela classe executiva, os viajantes perdem o espaço adicional entre assentos, a maior proporção de comissários de bordo por passageiro e aquele conforto intangível, o prestígio.
A força da classe executiva pode ser constatada pelo fato de que, em determinadas rotas, a Singapore decidiu realizar vôos de classe executiva única.
Andrew Sacks, da AgencySacks, uma agência de publicidade de Manhattan, diz que conforto, tempo e dinheiro justificam os preços. "Se tenho espaço, consigo tocar uma semana de trabalho em um vôo de oito horas".
Mas ainda assim ele não quis pagar US$ 13 mil (R$ 22 mil) por assentos na classe BusinessFirst da Continental quando ele e Julie Fisher, vice-presidente de sua empresa, viajaram a Barcelona para uma convenção de hotelaria, em novembro de 2006.
Em lugar disso, eles compraram três assentos na classe econômica por US$ 500 (R$ 850) cada, deixaram o do meio vago e comeram um excelente almoço comprado no Balducci's", diz Sacks, "tão bom quanto o que quer que eles estivessem servindo lá na frente".
Do br.invertia.com
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